Erro não! Tentativa de acerto.

Categoria: Destaque Publicado em Sábado, 21 Setembro 2013

 

Na Maçonaria, os Aprendizes, por alguns meses ficam calados, quietos na sua Coluna, absorvendo os modos e maneiras de se comportarem em Loja de acordo com o Rito usado, e isso e é totalmente normal.


Entretanto, com o passar desses meses, esses Aprendizes devem se liberar da inibição inicial e começar a expressar suas opiniões sobre Peças de Arquitetura, que são os Trabalhos apresentados por outros Aprendizes. Além do mais, devem apresentar também suas Peças de Arquitetura, além daquelas exigidas pelo regulamento da Loja.


O que ocorre é que, muitas vezes, com medo de errarem e de serem criticados, esses Maçons se retraem e geram uma auto castração da criatividade e da iniciativa, na participação dos trabalhos da Loja. Ficam como passarinhos na muda das penas: quietos e calados!


Entretanto, existe uma diferença muito grande em “errar” deliberadamente e “fazer uma tentativa de acerto”. Ninguém gosta de cometer erros ou de fazer trabalhos inadequados. Entretanto, quando fazemos algo de modo bem intencionado, convicto de estarmos certo e, assim mesmo, ficar provado que algo era inverídico, isso não deve ficar caracterizado como um erro, mas como uma tentativa de acerto. Devemos aprender com as nossas tentativas de acerto. Com as dos outros, também! É por isso que estudamos História. Para aprendermos, ou deveríamos aprender, o que não deve ser repetido e como não deve ser repetido.


Se encararmos o “erro” como uma “tentativa de acerto” veremos que, mesmo ocorrendo fatos ou trabalhos inadequados, nossa auto estima e confiança aumentam, fazendo com que continuemos trabalhando, tomando decisões, dando opiniões.


Temos que ter em mente que é humanamente impossível “acertarmos” todas as vezes. Portanto, essas “tentativas de acerto” devem ser como uma aprendizagem. Em cada “tentativa de acerto” faremos cada vez melhor o que foi proposto. Thomas Edson falava e fazia exatamente o que está descrito acima.


É isso que a vida, em geral, nos tem mostrado. As grandes descobertas não foram realizadas de uma única vez, mas, passo a passo, aprendendo com falhas anteriores e, inclusive, falhas dos outros.


Por isso, meus Irmãos Aprendizes, façam Trabalhos, participem, colaborem com suas idéias e opiniões pois, não trabalhar, não participar e ficar calado é improdutivo e menos gratificante.


Pessoas que não tentam fazer ou falar algo, com medo de errar, não se desenvolvem!


Todos os Aprendizes bem intencionados devem parar de pensar que podem estar cometendo “erros” e, sim, pensar que estão fazendo “tentativas de acerto”.

M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto

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