Frederico II, Rei da Prússia e o Supremo Conselho do REAA - A Lenda
O nome de Frederico II, Rei da Prússia, é encontrado nos Rituais escoceses dos Altos Graus (REAA), com alta freqüência, e é tido como criador e autor dessa Ordem.
É dito que o Rito Escocês Antigo e Aceito de 33 Graus repousa nas Grandes Constituições de 1º de maio de 1786, feitas por Frederico II, Rei da Prússia.
Tomando por base o livro “Frederico, o Grande e a Maçonaria” do Mestre Kurt Prober e o livro “O Rito Escocês Antigo e Aceito” do Mestre José Castellani, veremos que tal afirmativa não é um fato histórico e sim, uma farsa que deve ser, atualmente, considerada como uma lenda, como muitas outras que se tem na Maçonaria.
É sabido que, em 1786, Frederico II era um idoso doente e acamado. Não estava mais participando da Ordem Maçônica já fazia um bom tempo. Foi Iniciado em1738, escondido de seu severo pai, fundou e foi Grão Mestre da Grande Loja “Três Globos”, em 1744. Aparentemente, finalizou , em 1747, suas atividades maçônicas (Rebold).
Além do mais, esse fato, ficou desconhecido do mundo maçônico de 1786 até 1804. Por que?
Essa afirmativa de ter sido ele, Frederico II, o “fundador” do primeiro Supremo Conselho do Grau 33, não tem, hoje, qualquer credibilidade entre os verdadeiros escritores históricos maçônicos da nossa Ordem.
O inicio dos Altos Graus do REAA foi em Paris, em 1758, com a criação do Conselho dos Imperadores do Ocidente e do Oriente, que instituiu o Rito de Perfeição ou de Héredon, com 25 graus, influenciado pela Aristocracia e, possivelmente, do Alto Clero, através da Ordem dos Jesuítas.
Qual o motivo, então, de ter aparecido essa “falsa versão” dos fatos históricos?
Ora, os interesses políticos e a vaidade, sempre existiram em todos os setores, inclusive na Ordem Maçônica. Os países da Europa, com toda sua tradição e imponência, não poderiam, jamais, aceitar que fato tão importante para a Maçonaria tivesse berço num país “selvagem”, como era considerado os EUA, naquela época.
M.'.I.'. Alfério Di Giaimo Neto
Caros IIr.'.
Pensamento maçônico internacional, onde diz: - para se unirem basta seguir os rituais centenários da maçonaria e serem verdadeiros maçons.
A Maçonaria somos nós, e ela somente será grande se nós formos pessoalmente grandes. Não esperamos encontrar na maçonaria o que não encontramos dentro de nós mesmos. Nada poderá ser maior do que a soma da grandeza de seus componentes.
(Extraído do livro: Antologia Maçônica de Ambrósio Peters)